O Sindicato da Indústria Mineira reuniu hoje com o Conselho de Administração da Lundin Mining Corporation, um encontro que deixou o sindicalista do STIM, Luís Cavaco “extremamente preocupado”.
“Sim, a situação é de facto muito complicada. Quero para já sublinhar e elogiar o plano de contingência implementado pela Somincor no âmbito das medidas de prevenção contra o COVID 19 e em nome da defesa da saúde dos trabalhadores. De resto há a destacar a decisão da empresa que vai cessar os contratos com as empresas que estão a trabalhar em Neves Corvo, os sub empreiteiros, o que irá provocar mais de mil e duzentos despedimento. A empresa alega que esta é a única forma de manter a mina em actividade e salvaguardar os trabalhadores que lhes são afectos, perto de mil e trezentos. A justificação que nos deram é aceitável, isto é, a produção da Somincor não tem escoamento devido a crise que estamos a viver. A produção acumula-se e este cenário fez com que a empresa agisse deste modo o que temos que aceitar, embora enquanto representante do sindicato estejamos extremamente preocupado, aliás, nem sei sequer que adjectivo arranje para classificar esta situação dado o número de desempregados que vai causar. É uma situação social e económica muito grave para a nossa região. Percebemos que as medidas que foram tomadas pela empresa tinham que ser tomadas para bem do futuro da empresa, não foram medidas avulso, pois como se sabe o negócio dos metais está mau, não há exportação de zinco para a China e a situação está muito grave, muito grave mesmo e isso deixa-nos extremamente preocupados” revelou Luís Cavaco do Sindicato da Indústria Mineira garantindo em declarações à Rádio Castrense que “depois do que está a acontecer nada será igual nas Minas de Neves Corvo”.