A autarquia quer que o Parque Fluvial Cinco Reis valorize o potencial do concelho “como destino turístico”.
Depois do nascimento em 2019 de mais uma praia fluvial no Alentejo, a da Amieira, eis que a região se prepara para estrear este ano mais uma praia e até todo um parque: é oParque Fluvial Cinco Reis e já está a ser construído junto a uma barragem no concelho de Beja e deverá abrir no próximo Verão, com praia e equipamentos para actividades náuticas, desportivas e de recreio e lazer.
As obras de construção implicam um investimento de 730.806 euros e o parque deverá abrir ao público “em Julho ou Agosto”, disse à agência Lusa Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, a promotora do projecto, em parceria com a empresa gestora do Alqueva. O parque vai “nascer” na envolvente da albufeira da barragem de Cinco Reis, que está situada a cerca de quatro quilómetros da cidade de Beja e faz parte do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva.
Segundo o autarca, o projecto será “uma mais-valia” para o concelho de Beja e permitirá “valorizar e aproveitar as tão boas condições” do espelho de água da albufeira e da zona envolvente para actividades balneares, náuticas, desportivas e de recreio e lazer.
Vamos “usufruir de um espelho de água situado perto da cidade, muito agradável durante todo o ano e particularmente convidativo no Verão”, disse, lembrando que as actuais duas praias fluviais mais próximas de Beja estão “a mais de 50 quilómetros”, ou seja, as de Amieira (Portel)e da Tapada Grande (Mina de São Domingos, Mértola).
O parque também poderá ser “mais um elemento para valorizar o potencial” do concelho de Beja “como destino turístico” e “atrair mais visitantes”, disse. Segundo o autarca, o parque irá ter uma praia fluvial com uma frente de 265 metros lineares divididos por três bolsas de areia, um apoio de praia com recepção, bar, instalações sanitárias e parque infantil, um embarcadouro e plataformas para actividades náuticas.
O parque terá também uma zona de desporto e lazer com área arborizada, um circuito de manutenção, percursos pedonais e cicláveis, dois parques de estacionamento e circuitos interactivos de visitação e pontos de observação dos valores naturais da zona, nomeadamente da avifauna aquática.
O projecto vai ser financiado em quase metade (362.470,95 euros) por verbas da Câmara de Beja, em 318.636 euros pelo Turismo de Portugal, através do Programa Valorizar, e em 49.700 euros pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).
Paulo Arsénio lembrou que o projecto não fazia parte do programa eleitoral da sua candidatura à presidência da Câmara de Beja nas últimas autárquicas, surgiu de reuniões entre o município e a EDIA e “não era uma prioridade” do actual executivo municipal, de maioria PS.