Em reunião com o Presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), Dr. João Cadete Matos, realizada hoje na CIMBAL, defendi a urgência da distribuição do correio e do serviço postal respeitar mínimos de qualidade e regularidade em função das necessidades das populações.
De forma reiterada, tem-se assistido a uma degradação do serviço postal prestado com distribuições irregulares de correspondência que implicam a receção de documentos fora de prazos, com as consequentes penalizações e a exasperante espera dos cidadãos pela reforma ou pela pensão.
Em Ourique, por razões que se prendem com a exiguidade dos recursos humanos disponibilizados, pela redução das rondas de distribuição ou por outras razões de natureza logística, operacional ou financeira, é hoje claro que a entrega da correspondência ultrapassa os prazos razoáveis, sendo demasiadas vezes frequente a chegada da correspondência além dos calendários estabelecidos para a liquidação de valores decorrentes da prestação de serviços relevantes para a vida das pessoas. Esta situação é extensível à distribuição dos documentos de suporte ao pagamento de prémios, remunerações, pensões, reformas e notificações que assumem uma enorme gravidade para as posições individuais e para os ritmos comunitários.
O Município de Ourique que já se tinha pronunciado no âmbito da consulta pública promovida pela ANACOM até 24 de dezembro de 2019, na perspetiva do fim do contrato de concessão do serviço postal universal, reitera todas as críticas já formuladas, por existir neste momento uma insustentável falta de respeito pela população e pelo território por parte da concessionária na prestação de um serviço público.