Ponto prévio. Muitas vezes me perguntam se os meus escritos têm destinatário certo. A resposta é a clássica, a carapuça serve a quem a enfiar…
Existem homens e Homens. Existem
mulheres e Mulheres. Independentemente do género, são as suas atitudes que os definem. Aqueles a quem nos referimos com maiúsculas ou com minúsculas. Os primeiros, os Homens e as Mulheres, são os de carácter, os de palavra, os que cumprem o que dizem, os sérios, os que assumem os seus compromissos, os que, independentemente das suas convicções politicas, religiosas ou outras, assumem as decisões mais corretas.
Não é fácil. Todos temos famílias, compromissos assumidos, convicções, ideias, objectivos de vida. Mas os Homens e as Mulheres vêm-se nessas situações. O dinheiro e o status são importantes. Sem dúvida. Mas não são o mais importante. Existe o amor próprio, o respeito por si mesmo, o respeito pelos outros. Quando nos esquecemos disso deixamos de ser Homens.
Quando esquecemos aqueles que nos ajudam, que dão a cara por nós, que nos apoiam, que nos ajudam a levantar quando caímos, que nos oferecem o ombro para desabafar quando a vida nos é madrasta, que nos atiram a corda e nos ajudam a resgatar do fundo do poço onde nos encontramos, quando nos esquecemos desses Homens e Mulheres, transformamo-nos em homenzinhos reles e sem princípios, em simples ratos de esgoto.
Quando abdicamos dos nossos princípios apenas e só por bens materiais, quando se abandona o barco à primeira onda, tal qual os ratos são os primeiros a abandonar o navio quando os primeiros sinais de tempestade aparecem, perdemos toda a moral, caiem por terra todos os argumentos que queiramos apresentar em nossa defesa.
Os compromisso assumidos cumprem-se. Ponto. Todos nós já, numa qualquer altura da vida, assumimos compromissos e obrigações sobre as quais no final, ou por discordar ou por algumas dificuldades, nos vimos na iminência de não as cumprir.
Os Homens, em ultimo caso dão a cara e assumem o fracasso. Os homenzinhos, bem, esses escondem-se atrás de mil e uma desculpas, de argumentos esgotados e sem sentido, assumindo o papel de vitimas e de coitadinhos. Nunca nos devemos esquecer da lei universal do retorno…
E nunca devemos esquecer… aqueles que nos congratulam, que nos abraçam e que nos sorriem são os mesmos que nos empurraram para o poço e que não irão hesitar no futuro, se necessário, voltar a dar-nos o empurrão fatal.
Existem homenzinhos e Homens… os que os define são apenas e só as suas atitudes…