Os trabalhadores da Somincor vão esperar até 5 de Março para que a administração da empresa mineira de Castro Verde vá de encontro às suas reivindicações. Se tal não suceder, “vão continuar a lutar” e haverá nova greve em Neves-Corvo nos dias 5, 7 e 9 de Março. Esta foi a posição assumida pelos trabalhadores durante os quatro plenários promovidos entre esta quarta e quinta-feira, 7 e 8 de Fevereiro, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM).

Em declarações ao “CA”, o sindicalista Jacinto Anacleto explica que, no caso dos trabalhadores do fundo da mina, o horário proposto pela administração da empresa (quatro dias de trabalho de 10h42 cada, seguidos de quatro dias de descanso) continua a não merecer consenso entre os mineiros, além de o aumento mensal oferecido pela empresa (35 euros) “ficar muito aquém” do esperado.

Por oposição, Jacinto Anacleto adianta que todos os mineiros estão disponíveis para fazer um horário de seis dias de trabalho consecutivos (de sete horas e meia cada) seguidos de quatro dias de descanso, já proposto pelo STIM à empresa. “Este é um horário que vai de encontro ao que a empresa pretende”, sublinha o dirigente sindical.

Já relativamente às lavarias e áreas adstritas, os trabalhadores não abdicam das suas reivindicações, nomeadamente a questão da antecipação da idade da reforma.
Trabalhadores e STIM vão agora aguardar por uma resposta da empresa até 5 de Março, esperando que a administração da Somincor vá de encontro às suas reivindicações. “Queremos a empresa volte a ter paz social”, afirma Jacinto Anacleto.