- Presidente António Bota de forma genérica que expectativas tem relativamente a esta que é a 23ª Edição da FACAL?
- “Nesta edição vamos manter a traça tradicional/emocional da FACAL. É imperioso que assim seja porque é essa uma das marcas que mais identifica este evento, mas naturalmente iremos inovar. Fá-lo-emos modificando um pouco a disposição dos stands, teremos novos produtos e apostaremos na gastronomia local como um factor decisivo e fundamental pois a FACAL não pode ser apenas exposição de cultura, animação e artesanato, tem que ser isso mas muito mais, e a gastronomia é o factor diferencial no sentido de complementarmente a tudo o que este evento é, a gastronomia excelente que se faz no concelho tem que ser potenciada e vamos fazê-lo como é óbvio. Vir a Almodôvar tem que ser mais do que vir ver os amigos, ou ver os espectáculos. Nesse sentido a gastronomia desempenha um papel importantíssimo não só na degustação dos produtos de excelência que temos como na sua comercialização, isto é, as pessoas que nos visitarem tem que sair agradadas com o que viram com o que comeram é essa a marca que queremos que todos os que nos visitam levam de nós enquanto comunidade hospitaleira e multicultural.
– A FACAL é o evento de excelência para mostrar o universo associativo do concelho que, como se sabe, é grande…
– Sim. Temos no concelho cerca de quarenta associações desde a Dança Acrobática, Futebol Sénior, Futebol de Formação, Futsal, Danças de Salão, Luta, Karaté, temos a Fanfarra, Ciclismo, Clube Motard, Equitação,Teatro, enfim uma panóplia de actividades que demonstram bem a vitalidade e a diversidade do nosso mundo associativo.
Almodôvar diferencia-se de outros concelhos a este nível pela diversidade de ofertas ligadas às associações de diferentes âmbitos o que nos orgulha bastante. Sublinho que todo este naipe de actividades se deve aos almodovarenses que dinamizam as suas colectividades empenhadamente e com orgulho em levarem o nome do concelho muito longe.
É justamente por isso que a câmara que presido apoia todas estas nobres instituições pela forma como trabalham e honram o nome do nosso concelho. Diria que todo este envolvimento do movimento associativo, que vai fazer-se representar na FACAL, é tão mais relevante se atendermos ao facto de que dinamiza o concelho culturalmente e porque não economicamente, para além, obviamente, de ser o rosto do que nós fazemos e somos em vários domínios culturais, desportivos e sociais como já frisei e elogiei.
– O Cante Alentejano é outra das marcas identitárias do mundo cultural de Almodôvar?
– Inegavelmente. Temos oito grupos de Cante Alentejano, aliás, nove, pois foi criado recentemente um grupo juvenil e isso é demonstrativo de que não renegamos as nossas raízes culturais, antes pelo contrário, fomentamo-las como forma de demonstrar o orgulho que temos em ser almodovarenses e alentejanos.
Realço ainda o Rancho Folclórico que temos em Santa Clara a Fanfarra, enfim, diria que, só com artistas da nossa terra poderíamos preencher o cartaz de artistas da FACAL. Dai que afirme muitas vezes que não faltam motivos para que visite Almodôvar tantas são as boas sugestões que o nosso concelho oferece, seja no plano cultural seja ao nível da gastronomia, seja nos produtos de excelência que os nossos produtores fazem com prazer fruto do saber ancestral. Somos um concelho culturalmente multifacetado e rico.
– Com tanta representatividade associativa é fácil perceber que o velhinho campo das Eiras começa a ser pequeno?
– É verdade. Nós temos um projecto de remodelação e requalificação do Campo das Eiras que está em fase final. Estamos a trabalhar nesse projecto há mais de um ano com alterações e mais alterações com ajustes e mais ajustes porque queremos que este espaço seja muito mais do que um espaço que se não se confine apenas à realização uma vez por ano de um evento como a FACAL.
Queremos sim que seja um espaço atractivo para os almodovarenses e para todos os que nos visitem. É esse o nosso grande objectivo. O Campo das Eiras é um espaço lindíssimo com um hectare de terreno que pode ser aproveitado como praça, como espaço de lazer, como espaço cultural, como espaço de fim de dia onde seja possível realizar espectáculos de vários géneros para exposições.
Já estamos, digo eu, seis meses atrasados, pois queria que a obra já estivesse no terreno. Dentro de pouco tempo logo que tenhamos o projecto devidamente concluído avançaremos com esta obra que é fundamental e dará outra atractividade à FACAL ou a qualquer iniciativa que lá realizemos.
– A FACAL é uma boa forma das associações não só se promoverem como também beneficiarem economicamente da mesma?
– Sim. As associações do concelho tem neste evento não só a possibilidade de se darem a conhecer aos milhares de pessoas que nos visitam durante três dias, mas também usufruem da hipótese de angariarem algum dinheiro através dos produtos e das iniciativas que promovam nos seus Stands. Digamos que é uma forma de angariarem alguns fundos para consubstanciarem com os apoios que a câmara lhes concede.
É uma iniciativa onde seguramente, fruto do seu trabalho, conseguirão arranjar dinheiro para se auto financiarem. Realço que cada evento que a câmara organiza tem a intenção de promover os nossos produtos, dinamizar o comercio local, a restauração e a hotelaria.
Aliás, neste particular da hotelaria, constato que temos um défice de camas. As unidades ligadas a este sector não são suficientes para tanta gente que nos visita, não só quando realizamos algum evento mas até no dia a dia pois Almodôvar é um concelho com uma pujança e uma imagem no exterior muito boa fruto da aposta que temos feito em levar o mais longe possível os nossos produtos, as nossas realidades.
– O papel das associações e das Juntas de Freguesia é fundamental na dinâmica da Facal?
– Sim, costumo dizer que esta é a iniciativa cultural que nós promovemos que tem o carácter mais vincado relativamente àquilo que são as nossas realidades. É justamente por isso que o papel dos vários agentes culturais, desportivos e sociais é fundamental. Trabalhamos em conjunto com um fim único, promover o nosso concelho, trabalhamos compenetradamente e em sintonia sabendo que quem ganha é a imagem do nosso concelho, a imagem das nossas realidades.
– Os espectáculos são uma componente forte da FACAL. Que critérios presidiram às escolhas musicais para esta edição?
– O nosso intuito é abranger todos os públicos alvo. Aliás, basta que consultem os folhetos promocionais dos nossos espectáculos para que facilmente constatem que é nossa intenção agradar a todos. Por isso apostamos em noites diferentes e em artistas de origens musicais distintas. Quem não gosta de João Pedro Pais? É um musico excelente que actuara sexta feira bem como os Virgem Suta.
Sábado temos o C4 Pedro que abrange outro tipo de público, a antecede-lo teremos o concerto dos Irís e no domingo é mais um programa para a família, para a confraternização. É um excelente cartaz que irá agradar seguramente, estou seguro disso.
– No domingo que balanço gostaria de fazer?
– Olhe, que tudo correu bem, que milhares de pessoas vieram a Almodôvar ver os nossos produtos, que os degustaram, e que se divertiram com estes três dias fantásticos.
Mais, gostaria que os almodovarenses que nos visitam por esta altura do ano não só vibrassem com o regresso à terra mas que simultaneamente se interessassem nas casas dos seus familiares, algumas das quais estão desabitadas e investissem no concelho, na construção ou reconstrução de edifícios que dão uma excelente casa de férias.
Em Almodôvar temos uma qualidade de vida única. Temos uma Gastronomia única, também. Somos hospitaleiros. Temos uma vida cultural social e económica muito boa. Sabe bem viver em Almodôvar. É este o desafio que faço aos meus conterrâneos e a quem nos visite e se apaixone por tudo o que nós somos no sentido de aqui se fixarem, investirem pois contarão com o apoio incondicional da autarquia.
São todos bem vindos ao nosso concelho. Somos um concelho com presente, passado e futuro risonho. Apostem em Almodôvar e contem connosco, município, para vos ajudar, estamos de portas abertas para acolher quem connosco queira viver neste concelho fantástico que é Almodôvar.