O presidente da câmara de Ourique, Marcelo Guerreiro, defende a preservação ambiental da área envolvente à barragem mas diz que no que concerne ao perímetro de regra deve vigorar “o bom senso e aquilo que nós defendemos é um perímetro de regra com 3 mil hectares algo que não merece o apoio do Instituto da Conservação da Natureza por entender que colide com a ZPE de Castro Verde. Temos que encontrar uma fórmula consensual de darmos a volta a esta situação de molde a que ninguém perca neste processo, somos a favor do diálogo e a EDIA tem sido um parceiro importante para que cheguemos a solução desejada para a Barragem, para o perímetro de Rega sem colocar em causa a zona de Proteção Especial de Verde”.
“Existem instituições que tem que chegar a acordo de forma a salvaguardar aquilo que é o património ambiental, alguns concordamos e outros discordamos frontalmente. Aquilo que nós defendemos é um novo perímetro de rega com 3 mil hectares, o Instituto de Conservação da Natureza pôs muitas reservas relativamente a esta área argumentando que estando fora da ZPE – Zona de Protecção Especial – de Castro Verde numa zona especialmente dedicada às abetardas, e a salvaguarda desta mesma espécie, que esta zona seria igualmente uma zona de reprodução. Aquilo que nós defendemos é que é necessário haver racionalidade na gestão do espaço rural, Ninguém esta a pedir para se reduzir a ZPE, nada disso, nem ninguém propôs que esta zona passasse a ser zona de regadio ou culturas permanentes, não, nada disso. Aquilo que estava proposto era a criação de um novo perímetro de regra fora dessa Zona de Protecção Especial. A EDIA tem tido a sensibilidade para tentar chegar a um acordo, nomeadamente através da redução deste perímetro de rega, já foi feita uma proposta nesse sentido esperemos que possa existir, repito, racionalidade neste processo” realça Marcelo Guerreiro.