O município frisa tratar-se de “mais uma tentativa” para alertar o Governo para o estado do troço e espera que “concorra para a solução de um processo que se arrasta há demasiado tempo e que tarda em ser resolvido”.
A autarquia lembra que, “desde há seis anos, tem vindo a alertar e manifestar publicamente, junto de diversas entidades, mais concretamente junto do Governo e da Infraestruturas de Portugal, a sua preocupação, o seu descontentamento e o seu total desacordo com o já conhecido inaceitável estado de degradação” do troço da EN2, que é “um dos principais eixos rodoviários que serve o concelho de Aljustrel” e que faz a ligação às vilas vizinhas de Ferreira do Alentejo e Castro Verde.
“Em causa está a acentuada e pronunciada deterioração” do troço, sobretudo entre Aljustrel e Castro Verde, o que “levou, já este ano, os serviços municipais de Proteção Civil a considerarem ‘muito urgente’ uma intervenção” na via, que “não é da responsabilidade, nem do domínio de competências da câmara”.
Segundo a autarquia, os serviços municipais de Proteção Civil consideram que o troço da EN2, que tem “buracos de grande dimensão”, “coloca em causa a segurança” dos utilizadores e alerta para “os vários acidentes rodoviários que têm ocorrido”. Por isso, o município informa que Nelson Brito, “também responsável máximo da Proteção Civil municipal”, pediu este mês à GNR os dados da sinistralidade rodoviária registada na EN2 em 2018, 2019 e 2020, designadamente nas zonas de ação dos postos territoriais de Aljustrel e Castro Verde, para “poder inteirar-se dos números e, desta forma, reforçar, com exatidão e rigor, a sua posição e alertar, mais uma vez, as entidades responsáveis pela manutenção da via”.
Segundo a autarquia, o troço da EN2 é usado diariamente em deslocações para os empregos, com destaque para as atividades laborais nas minas de Neves Corvo e Aljustrel. Os habitantes do concelho de Aljustrel também usam o troço para acederem ao Serviço de Urgência Básica de Castro Verde.
O troço, “maioritariamente” entre Aljustrel e Castro Verde, é igualmente usado por veículos pesados de mercadorias associados às atividades industriais da região”, o que “têm contribuído também para a aceleração de desgaste do piso, verificando-se que as pequenas reparações efetuadas pela Infraestruturas de Portugal têm-se revelado ineficazes”.