O ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) autoriza a caça diária de javalis para efeito de controlo das populações da espécie animal, que ameaça a fauna e flora dos territórios e provoca danos na agricultura.
A caça ao javali, que até agora era permitida apenas 10 dias por mês, passa a poder ser feita todos os dias, até 30 de setembro.
O aumento do número de javalis no Alentejo e a possível propagação da peste suína africana está a preocupar os produtores de porco alentejano, uma vez que os javalis podem mesmo ser o maior foco de propagação desta doença que não é transmissível ao ser humano. Apesar de não causar problemas de saúde ao ser humano, mata os suínos e, se se propagar, pode vir a criar sérias dificuldades ao setor.
Aos riscos decorrentes da gripe suína, pode juntar-se ainda o prejuízo da não venda de animais para a China, país afetado por esta doença, e que o levou a celebrar contratos de importação de porco português no valor de 100 milhões de euros, no ano de 2019; um valor que pode vir a duplicar, chegando aos 200 milhões de euros, isto caso a gripe não afete os porcos nacionais.
Também podem estar em risco as exportações para Espanha, também comprador de grande percentagem dos porcos alentejanos.
O regime de caça ao javali abrange todo o território nacional mas carece de pedidos das zonas de caça.