O presidente da câmara de Almodôvar é um adepto indefectível da Rota Nacional 2. O autarca socialista revela em declarações ao nosso Sitio que a sua paixão pela Estrada Nacional 2 se sustenta em três pilares “em primeiro lugar porque atravessa a vila de Almodôvar. Em segundo lugar por uma questão afectiva pois eu nasci próximo da Estrada Nacional 2 e cheguei a jogar à bola próximo e, inclusive, em plena Nacional 2, quando tinha os meus quatro, cinco anos. Em terceiro lugar porque vejo na Nacional 2 um projecto de futuro. Há trinta anos atrás quando não tínhamos auto-estrada, o que tínhamos era esta espantosa via que era a coluna dorsal do país, era a principal via do país, que ligava de Norte a Sul, literalmente.Tirando a N1 que ligava o Porto a Lisboa a N2 era a segunda estrada do país ligando-o de lés a lés”.
António Bota socorre-se da sua infância para recordar a vida intensa de então por causa desta estrada “ nessa altura tivemos restaurantes, bares, cafés abertos 24 horas para servir as centenas de camionistas que levavam fruta do Algarve para Lisboa, e que traziam da Capital produtos para o Alentejo e Algarve. Recordo, com saudosismo, que centenas de camionistas passavam pelo meio da vila de Almodôvar transportando palha , carregados de bovinos, ouvinos, suínos, para fazerem negócio e paravam em Almodôvar. Faziam as suas refeições na vila, abasteciam-se de combustível. Vejam só o impacto económico que tinha para a vila toda esta movimentação, todo este tráfego.
E, Almodôvar, sendo uma terra da Rota, desenvolveu-se também com a N2 ou seja desenvolveu-se paralela aos negócios desta estrada. Não é por qualquer razão que a vila cresceu muitíssimo desde que construíram esta estrada”.
Para o autarca socialista é todo este legado que deve ser agora potenciado “Ora, é bem provável que nós possamos trazer muita gente ao nosso concelho e aos 34 concelhos que fazem parte da rota só pelo facto de passearem naquilo que é uma estrada histórica. Porque as pessoas apetece-lhes passear para comer para se divertirem para quebrarem o stress do trabalho e saem para fora e quando o fazem, nem sempre querem ir pela auto estrada, querem passear, ver paisagens, degustar o que de bom há na nossa gastronomia. Por isso param nos sítios e usufruem das belezas dos mesmos. É uma oportunidade, única, talvez, na nossa geração, de termos um tipo de turismo proporcionado por uma infraestrutura que já existe. Nós não temos que fazer nada, só temos que publicitar a N2, dizer que existimos e dizer às pessoas, passem aqui, passem em Almodôvar por nós temos uma bela açorda, temos um belo jantar de grão, temos ensopado de borrego, temos o medronho, ou dizer, passem a Castro Verde porque o borrego é excelente, ou passem em Aljustrel e visitem as minas, é essa a filosofia que temos que cultivar porque temos produtos típicos que podem degustar sempre que nos visitem, fazendo-o no local, ou adquirindo os nossos produtos para levar e mostrar aos amigos. É por isso que evidencio um grande entusiasmo em torno desta Rota da Nacional 2 pois esta rota, bem gerida, será uma rota para o futuro, para as gerações futuras daí ser fundamental que façamos agora tudo o que nos for possível para que convençamos os turistas a visitarem-nos para que sejam eles depois os elos promocionais desta mesma rota que me encanta por motivos afectivos, recordo, mas sobretudo por entender que estamos perante uma oportunidade absolutamente fantástica de nos promovermos, de promovermos aquilo que somos e aquilo que temos, pois isso irá conquistar muita gente que se apaixonara pela nossa região e pelos concelhos que fazem parte desta rota da N2” conclui, entusiasmado, o presidente da câmara Municipal de Almodôvar, António Bota.
