Seis meses depois de ter tomado posse como presidente do Futebol Clube Castrense, Abelha, diz estar a viver “uma experiência muito interessante. Direi que este primeiro mandato esta a ser mais fácil do que esperava pois apanhámos uma máquina bem oleada. Por outro lado oitenta por cento da actual direcção transitou da direcção anterior, presidiada por Carlos Pereira, uma direcção que fez um excelente trabalho convém sublinhá-lo. A minha direcção tem estado a dar sequência a este trabalho embora tenhamos a nossa identidade própria como é óbvio. Realço e mostro-me orgulhoso com o facto de que tanto os directores que continuaram como os que entraram estão a fazer um trabalho espectacular.
– Relativamente a ideia/filosofia da sua direcção assente em que pilares?
– Apostar na formação é a nossa prioridade maior por entendermos que era altura do castrense, realço que nada temos contra a filosofia da anterior direcção que conquistou vários títulos para o futebol, mas entendemos que a nossa prioridade deveria direccionar-se para a formação isso sem descurar as outras modalidades como é óbvio. É nossa intenção, também, se se reunirem as condições necessárias, voltarmos a apostar no futebol feminino que tantos e bons resultados deu ao nosso clube.
O Castrense teve um ciclo bonito com títulos e idas ao campeonato nacional mas agora entendemos que o melhor caminho é apostar na formação e nesse sentido vamos criar um documento orientador da nossa formação pois queremos que a nossa formação fale a uma só voz, que os nossos técnicos saibam que desde os mais pequeninos até ao juniores há um trajecto a percorrer com valores claros de identificação à terra ao nosso concelho, é esse o caminho que entendemos ser o melhor para o futuro do Castrense e é sobre ele que estamos a incidir e, nota-se, já, neste particular o nosso dedo as nossas ideias
– O Castrense é um clube de títulos, um clube conquistador, não teme que os sócios exigam isso a direcção que preside?
– Nunca prometi títulos. A direcção não prometeu títulos. Prometemos, sim, mudar a filosofia do clube, apostando, repito, na formação no futebol e em todas as modalidades, obviamente que acreditamos que os frutos deste trabalho irão aparecer, acreditamos que isso sucederá dentro de três quatro anos.
– Como estão as finanças do clube…
– É um clube economicamente estável, temos tudo em dia, não devemos nada a ninguém, sabemos onde pudemos ir nesse sentido está tudo controlado. A gestão económica esta a ser feita de molde a que salvaguardemos os interesses do castrense e assim irá ser, como é óbvio
– 2019 está ai a porta. Há algum objectivo que o Abelha elega como prioritário?
– Temos várias ideias que gostaríamos de implementar. Iremos celebrar o aniversário do clube com um semana de muita actividade que envolva os castrenses no sentido de que se inteirem da vida do clube e se envolvam na mesma. Gostávamos de recuperar um evento que a Rádio Castrense promoveu durante muitos anos e que tanto êxito teve refiro-me a Gala do Desporto. Vamos falar com a direcção da Rádio e com a câmara que é nossa parceira no sentido de reactivarmos esta iniciativa que tanta gente mobilizou e que era uma forma de premiar o trabalho que as instituições do distrito faziam anualmente. Gostaríamos também que voltassem a haver os relatos dos nossos jogos na Rádio Castrense. As pessoas questionam-nos sobre a falta que fazem os relatos, muita gente ouvia religiosamente as tardes desportivas de domingo, com o facto acrescido de que os relatos hoje chegam a todo o mundo através da Internet. Gostaríamos de voltar a ver a rádio a acompanhar os nossos jogos pois chegam-nos com frequência os ecos de muita gente no sentido de que sentem a falta dos relatos. Nesse sentido iremos falar com a direcção da rádio para percebermos se isso será possível. Caso seja será muito bom para a rádio e para o Castrense e para os milhares de pessoas que se habituaram a ouvir os nossos jogos na radio.
