A Santa Casa da Misericórdia de Mértola tem mais de 200 utentes entre as valências de lar, centro de dia, apoio domiciliário e cuidados continuados, a preocupação tem sido evitar ao máximo os contactos dos idosos com o exterior, revelou o seu provedor em declarações à Rádio Castrense.
“Criámos um plano de contingência que estamos a respeitar e estamos a melhorar sempre que possível, no caso do apoio domiciliário, o grande objectivo é evitar que as pessoas saiam das suas residências. Por isso temos uma enfermeira que faz o contacto entre o Centro de Saúde e os utentes, que faz inclusive colheitas de análises clínicas. Continuamos a levar-lhes a alimentação, a medicação e outras coisas que precisem de Mértola, evitando que eles saiam das suas habitações”, diz.
A juntar a isto, continua José Alberto Rosa, a instituição tem estado a formar os seus funcionários, sensibilizando-os “para os cuidados que têm que ter, no sentido de evitar que haja uma contaminação acidental”. “Estamos a tentar inventar e criar formas de melhorar e tentar evitar um eventual contágio, pois a nossa preocupação é evitar o mais possível que as coisas cheguem aqui”.
Segundo o provedor da Misericórdia de Mértola, “a nossa realidade económica é em tudo semelhante à que vivem as IPSS do país, daí todo o apoio ser bem vindo. Os sucessivos governos e a Segurança Social não tem olhado para nós como deve ser, e isso, por mais imaginação que tenhamos não é fácil gerir, pois esta pandemia veio encarecer tudo, as despesas dispararam e as receitas não cobrem os investimentos que temos de fazer para que tenhamos os utentes e os nossos funcionário com tudo o que é necessário para estarem protegidos contra o vírus. Não é uma tarefa fácil, nem sei onde isso irá parar se se esta situação pandémica se prolongar no tempo” teme o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mértola, José Alberto Rosa.