O diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa afirma que está provado que, com um tecido de algodão, é possível criar uma barreira capaz de tra-var a dispersão de partículas.
Qualquer máscara é melhor do que nenhuma, pelo que o Conselho de Escolas Médicas defende o fabrico de máscaras caseiras como forma de combater a escassez de oferta.
O grupo, que reúne responsáveis de Faculdades de Medicina de todo o país, publicou recentemente um documento no qual reafirma e defende o uso generalizado de proteção individual por toda a população como forma de combater o contágio pelo novo coronavírus.
Jaime Branco, diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e um dos subscritores do documento, afirma que está provado que, com um tecido de algodão, é possível criar uma barreira capaz de travar a dispersão de partículas.
“Qualquer obstáculo ao ar inalado, que pode conter partículas provenientes da boca ou do nariz de pessoas infetadas e contagiantes, é uma barreira possível para que o vírus chegue com uma menor intensidade e menor concentração de partículas virais”, frisa Jaime Branco.
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa explica à TSF como se pode proceder para criar uma máscara segura em casa: “O ideal seria termos máscaras, mas, não as tendo, pode realmente produzir-se em casa com um pano duplo dobrado em dois, para que, no meio, seja constituída uma barreira maior.”
Jaime Branco elege uma peça de tecido, pela sua capacidade de proteção na ordem dos 50 aos 80%. “Tecidos, por exemplo, de camisas de algodão que estejam já inutilizadas por algum motivo são um bom material para executar as máscaras”, refere.
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa garante que todos os estudos mostram que, conjugado com uma boa higiene das mãos, o uso generalizado de máscara pode ajudar a diminuir a propagação da doença.
Os tecidos 100% algodão são os mais recomendados como alternativa às máscaras cirúrgicas. “A falar, e sobretudo quando se fala mais alto, existe sempre o lançamento de pequenas partículas, aerossóis, e as pessoas podem não saber que estão infetadas, por isso esta pode ser uma boa barreira, se utilizada adequadamente, para o nariz e a boca”, vinca Jaime Branco.