O Serviço de Cardiologia da ULSBA- Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo realizou a primeira ablação de fibrilhação auricular pela?técnica de crioablação na região sul.
Este procedimento “minimamente invasivo é utilizado para corrigir esta perturbação do ritmo cardíaco através do isolamento elétrico das veias pulmonares na aurícula esquerda”, explica a ULSBA em nota de imprensa.
“A fibrilhação auricular aumenta o risco de insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral, sendo também fator de risco para o desenvolvimento de demências. É uma condição que aporta custos para a população e, por isso, é com orgulho que o Hospital de Beja passa agora a ser um centro que vem ajudar a tratar esta patologia”, afirma Luís Moura Duarte, cardiologista da ULSBA.
O primeiro doente tratado com esta técnica foi submetido ao procedimento na passada sexta-feira, 26 de julho de 2019, no Hospital José Joaquim Fernandes, que passa agora a dispor desta opção de tratamento.
O cardiologista refere que esta técnica pode ser a solução para tratar a fibrilhação auricular quando esta não está controlada pela medicação.
Luís Moura Duarte salienta que este é um “sinal de estímulo para o hospital e para a região”.
Em seu entender “é neste tipo de intervenções diferenciadas” que se consegue cativar a vinda de novos médicos para o Hospital de Beja.
O procedimento foi realizado por uma equipa multidisciplinar, composta por Luís Moura Duarte, Cardiologista, Luísa Elisiário, Anestesista, Enfermeiros, Técnicos de Cardiopneumologia e de Radiologia da instituição além do Electrofisiologista João de Sousa e do Cirurgião Cardíaco Javier Gallego.
A Fibrilhação Auricular é a anomalia mais comum do ritmo cardíaco, mais frequente à medida que se envelhece. Estima-se que afete cerca de 1% da população, observando-se em 5% das pessoas com idade superior a 65 anos e em 10% com idade superior a 80 anos.