
A EMAS de Beja é a responsável pela execução e desenvolvimento do projeto, que arranca, agora, com um investimento na ordem dos 100 mil euros, totalmente, financiado pela Agência Portuguesa do Ambiente e que resultou de um protocolo de cooperação estabelecido entre o município de Beja e a APA – Agência Portuguesa do Ambiente.
O CCA é uma unidade móvel multifuncional que dará uma resposta integrada na ação de deteção de fugas de água.

Simultaneamente, este novo equipamento “permitirá dinamizar uma importante componente de educação e sensibilização ambiental, permitindo realizar ações de demonstração, perfeitamente, inseridas no novo paradigma de gestão em contexto de pandemia Covid-19”.
Questionada quanto à importância deste projeto para região, a secretária de Estado do Ambiente começou por destacar a sua valência relacionada com a educação ambiental, associada, em particular, ao uso eficiente da água.
A “garantia de resiliência do sistema” foi outra mais-valia apontada pela governante, explicando que o novo equipamento será fundamental para combater alguns dos desafios mais importantes em termos de sistemas de saneamento e de abastecimento”.
Questionada quanto “à consciência do valor da água”, Inês dos Santos Costa disse aos jornalistas que, de uma forma geral, “as pessoas focam-se muito no preço da água” e “esquecem-se do valor associado ao recurso”.

Para o administrador-executivo da EMAS de Beja, o projeto do Centro de Ciência da Água “potencia um trabalho que já vinha sendo feito” pela empresa, sendo “inovador” ao “juntar no mesmo projeto o mundo real da prática” à “questão da sensibilização ambiental”.
“Estamos em crer que é, de facto, um projeto único, que pode ser replicado noutros sítios”, acrescenta Rui Marreiros, em declarações ao “CA”. De acordo com o gestor, uma das valências do Centro de Ciência da Água é a unidade móvel rebocável, “que vai ser muito direcionada para as ações de sensibilização ambiental”.

“Esta unidade vai-nos permitir ter outra forma diferente de poder fazer esse trabalho, principalmente nas iniciativas que temos desenvolvido com as escolas e também nas outras iniciativas com a comunidade em geral”, nomeadamente o “Orçamento Participativo”, os “Heróis da Água” ou a “Missão Plástico Zero”, diz Rui Marreiros, acrescentando: “Será uma forma mais fácil de poder chegar à comunidade e com ela interagir, para continuar a fazer aquilo que achamos que já faze-mos bem na área da sensibilização ambiental”.

A outra componente do projeto do Centro de Ciência Viva é um veículo todo-o-terreno, equipado tecnologicamente para responder a necessidades da EMAS de Beja “na questão da água não faturada, na deteção de fugas e na gestão de rede de águas”. “A nossa capacidade operacional fica reforçada numa área que é também estratégica”, observa Rui Marreiros.
O administrador-executivo da EMAS de Beja afiança que esta “era uma ideia que a empresa já tinha em carteira” há algum tempo, agora concretizada com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente, através do Fundo Ambiental.
Rui Marreiros acrescenta que o Centro de Ciência da Água “está absolutamente pronto” a entrar em funcionamento. “Na verdade, a vertente do veículo todo-o-terreno já está a trabalhar. E a unidade móvel está pronta e vai para o terreno assim que for possível”, tendo em conta as restrições impostas pela Covid-19, conclui.
