A Câmara de Castro Verde deu hoje uma Conferencia de Imprensa onde fez o ponto da situação relativamente às obras que estão a decorrer na Basílica Real, obras
no âmbito de uma ação coordenada pela autarquia e que consubstancia em duas fases de intervenção num investimento que ascende a €446.300,00.
A 1.ª fase prevê a limpeza manual do telhado, o arranjo de portas e janelas e a pintura total do monumento num investimento superior a € 65.000,00. Este investimento tem um apoio de €28.285,00 da Câmara Municipal de Castro Verde, cabendo o restante investimento ao Governo (€26.225,00), à União de Freguesias de Castro Verde e Casével (€5.245,00) e à Paróquia de Castro Verde (€5.245,00). Esta primeira intervenção foi definida no âmbito do Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva (PEUUC) e nos termos de um acordo a celebrar pelas entidades referidas.
O presidente da Câmara de Castro Verde realçou a importância das obras que estão a decorrer porque, disse “eram obras de requalificação fundamentais. Graças ao imenso trabalho em parcerias com outras instituições as obras estão a decorrer dentro do prazo por isso acreditamos que os noventa dias serão suficientes para que a parte exterior deste fantástico monumento religioso readquira a dignidade que este monumento merece”.
António José Brito não esqueceu que “a Basílica Real só chegou a este estado de degradação porque durante mais de trinta anos não houve nenhuma intervenção requalificante, o que lamentamos, pois, isso, contribuiu para que a Basílica Real chegasse a este ponto lastimável”.
Para o autarca socialista “apesar deste monumento ser propriedade da Diocese de Beja é em primeira instância propriedade de todos os castrenses. Estamos muito satisfeitos pela forma como as obras estão a decorrer, aliás, é são visíveis os efeitos beneficiantes da intervenção que está a ser efetuada”.
Relativamente à 2.ª fase, fruto da articulação conseguida entre a Câmara Municipal, a Paróquia de Castro Verde, a Diocese de Beja e a Direção Regional de Cultura do Alentejo, foi elaborada e submetida a Fundos Comunitários uma candidatura para uma intervenção de conservação e restauro do tecto pintado em madeira da Basílica Real. Trata-se de uma candidatura com maior dimensão, que está em fase de análise e que estipula um investimento de € 381.300,00, havendo a confiança de que será possível alcançar financiamento de 85% do valor supracitado.
Neste particular a novidade, seguindo António José Brito é “que já garantimos esse financiamento, o que nos possibilita fazer a adjudicação da obra, Sublinho isso porque é muito importante, isto é, ao garantirmos esse financiamento, garantimos que após a conclusão da 1ª fase tenhamos condições para fazer o respectivo concurso público e avançar com as obras da 2º Fase que irão incidir fundamentalmente no interior da Basílica Real. Em síntese, estamos muito satisfeitos por termos conseguido com muito trabalho, empenhamento e com grande determinação, em colaboração com outras entidades, termos encontrado as soluções necessárias para que as obras que este fantástico monumento necessitava sejam uma realidade o que orgulhará todos os castrenses pois a Basílica Real é um monumento religioso fabuloso que só chegou ao estado a que chegou devido à inépcia de quem deveria ter feito o que nós fizemos, ou seja, ter encontrado soluções para a resolução deste problema. Infelizmente este trabalho não foi feito por quem de direito, fizemo-lo nós, agora, e orgulhamo-nos disso não só porque era uma questão imperativa, mas porque foi algo que nós sempre defendemos. Estamos satisfeitos e orgulhosos como estarão, seguramente, todos os castrenses” rematou o presidente da câmara de Castro Verde.
Refira-se que, no seguimento de proposta apresentada pela Câmara Municipal, a empresa mineira SOMINCOR informou da sua disponibilidade para assumir um apoio de €57.195,00 correspondente à contrapartida nacional de 15%, o que decorrerá ao abrigo da Lei do Mecenato.
Quem expressou igual satisfação foi o responsável da Paróquia de Castro Verde.
“É muito bom ver em curso as obras desta primeira fase e sabermos que já há financiamento para a segunda fase. É uma excelente notícia da qual nos orgulhamos muito. Agradeço a atenção e o empenhamento da câmara municipal pela forma como tem sabido coordenar este processo e pelo êxito deste trabalho que conduziu a que após estas intervenções a Basílica Real de Castro Verde possa abrir as portas de cara lava, com a dignidade que este monumento fabuloso merece. Agradeço à autarquia, é justo dizê-lo, e a toda a atenção e empenhamento que tem tido facto que fez com que venhamos a ter a nossa Basílica Real em todo o seu esplendor” sublinhou visivelmente satisfeito o padre Luís Fernandes.
